Descubra quem é Carol Santiago, a paratleta que se tornou a maior medalhista de ouro do país na história

Descubra quem é Carol Santiago, a paratleta que se tornou a maior medalhista de ouro do país na história
A pernambucana Carol Santiago possui 7 medalhas em Paralimpíadas, com cinco títulos de campeã

Carol Santiago Estabelece Recorde como Brasileira com Mais Medalhas de Ouro nos Jogos Paralímpicos

A atleta Carol Santiago tornou-se oficialmente a brasileira com o maior número de medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos. Na competição em Paris, Carol garantiu o primeiro lugar nos 50 metros livre da classe S13, voltada para competidores com deficiência visual, marcando um tempo de 26s75. Esta foi sua quinta medalha dourada nos Jogos, e a segunda somente nesta edição, superando a ex-atleta Ádria Santos, que possui quatro ouros paralímpicos.

Carol expressou sua felicidade e gratidão, destacando o impacto de seu trabalho para novos atletas:

“Vai ficar toda essa força, toda essa dedicação que a gente tem, esse sonho realizado, para que os novos atletas que estão chegando, para que as crianças possam ver nisso um caminho, que é simples. Eu estou todo dia ali, treinando no Comitê Paralímpico Brasileiro, todo dia ali”, afirmou.

Conquistas e Recordes

Aos 39 anos, Carol Santiago é detentora dos recordes paralímpico (26s71) e mundial (26s61) nos 50 metros livre da classe S12, e sua vitória a elevou a sete medalhas paralímpicas: cinco ouros, uma prata e um bronze. Sobre sua prova favorita, os 50 metros livre, Carol revelou:

“Essa é a minha prova favorita, a gente estava bem preparado, ainda bem porque eu fiquei muito nervosa antes da gente entrar aqui e eu só queria fazer minha melhor natação, eu acho que nadei muito bem, poucas vezes eu consegui nadar nesse nível e eu estou muito feliz, muito satisfeita”, comentou.

Antes da vitória nos 50m livre, Carol já havia conquistado o ouro nos 100m costas S12 em Paris. E há mais oportunidades para aumentar sua coleção de medalhas. Ela competirá em até três provas individuais: 200m medley S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12, além do revezamento 4x10m livre misto – 49 pontos.

Trajetória Inspiradora

Carol nasceu com a síndrome de Morning Glory, uma condição congênita que compromete o campo de visão. Ela começou na natação aos 4 anos, parando aos 17, quando sua visão deteriorou-se devido a um acúmulo de água nos olhos. Após uma década longe das piscinas, Carol decidiu voltar ao esporte e passou a competir em 2018 na natação paralímpica.

Em sua carreira, já conta com sete medalhas paralímpicas: cinco ouros, uma prata e um bronze. Na edição de Tóquio 2020, Carol subiu ao pódio cinco vezes e trouxe ainda mais medalhas para o Brasil. Em 2023, no Mundial de Manchester, conquistou cinco ouros nas provas de 100m costas, 100m borboleta, 100m livre, 50m livre e no revezamento 4x100m, além de uma prata e dois bronzes. No Mundial da Ilha da Madeira, em 2022, Carol somou mais cinco ouros e uma prata.

A Natação Paralímpica Brasileira em Paris

O Brasil acumula 14 medalhas na natação nos Jogos de Paris, com destaque para o nadador Gabrielzinho, que conquistou a primeira medalha do país nos 100m costas da classe S2. Ele também levou ouro nos 50m costas e 200m livre.

A seguir, as medalhas conquistadas pelo Brasil na natação paralímpica até o momento:

  • Gabrielzinho: Ouro nos 50m costas S2, 100m costas S2 e 200m livre S2.
  • Carol Santiago: Ouro nos 50m livre S13 e nos 100m costas S12.
  • Wendell Belarmino: Prata nos 50m livre S11.
  • Phelipe Andrews Rodrigues: Prata nos 50m livre S10.
  • Gabriel Bandeira: Bronze nos 100m borboleta S14.
  • Lídia Cruz: Bronze nos 150m medley SM4.
  • Débora Borges Carneiro: Prata nos 100m peito SB14.
  • Beatriz Borges Carneiro: Bronze nos 100m peito SB14.
  • Talisson Glock: Bronze nos 200m medley C6.
  • Equipes: Bronze no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos e no revezamento 4x100m livre S14.

O Brasil já soma um total de 36 medalhas neste evento e atualmente ocupa o quarto lugar no quadro geral, com 11 ouros, 8 pratas e 17 bronzes, demonstrando a força e o crescimento do esporte paralímpico brasileiro em competições internacionais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *