Morte por bombom envenenado: mãe relata que os meninos se conheceram na creche e eram inseparáveis

Morte por bombom envenenado: mãe relata que os meninos se conheceram na creche e eram inseparáveis
A amizade entre os meninos terminou tragicamente quando ambos consumiram um bombom envenenado

Amigos de Infância Morrem após Consumirem Bombom Envenenado no Rio de Janeiro

Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, eram amigos inseparáveis desde que se conheceram na creche, há cerca de cinco anos. A amizade floresceu ao longo dos anos e continuou durante o ensino primário. No entanto, uma tragédia abalou suas famílias e a comunidade de Cavalcante, Zona Norte do Rio de Janeiro, quando os dois garotos consumiram um bombom envenenado no dia 30 de setembro.


O Trágico Acidente

Segundo as investigações, uma mulher não identificada, que passava de motocicleta, ofereceu o doce aos meninos. Análises toxicológicas revelaram que o bombom continha terbufós, uma substância ilegal conhecida como “chumbinho”.

Ythallo não resistiu e faleceu no mesmo dia. Benjamim foi levado em estado grave para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, onde permaneceu internado por quase dez dias até sua morte ser confirmada nesta quarta-feira.


Uma Amizade Inseparável

Ythallo e Benjamim, além de estudarem juntos na Escola Municipal Rosthan Pedro de Farias, viviam na mesma comunidade e compartilhavam momentos felizes fora da escola. As famílias dos meninos também eram próximas: uma tia de Benjamim era madrinha de uma das irmãs de Ythallo.

No dia fatídico, Ythallo estava com uma bicicleta que havia ganhado da avó de Benjamim. Monique Tobias, mãe de Ythallo, relembra:

“Os dois estavam sempre juntos. Onde se viam, se abraçavam. A avó do Benjamim tinha dado uma bicicleta usada para o Ythallo, que quebrou. Então, ela deu outra.”

De acordo com Monique, Ythallo havia parado para encher o pneu da bicicleta no caminho de volta quando a mulher ofereceu o bombom.

“Ela ofereceu primeiro ao Kauã, primo de Ythallo, que recusou, e depois ao meu filho, que aceitou. Ele dividiu o bombom com Benjamim em troca de um pouco de açaí. Logo depois, começaram a passar mal.”


Luto e Saudade

Monique descreve Ythallo como um menino cheio de sonhos, que queria ser bombeiro e ajudar o pai, funcionário de uma loja de móveis. Fã do Flamengo, ele estava animado com um churrasco que a família planejava para comemorar seu aniversário no dia 25 de outubro.

“Ele estava muito animado e convidando as pessoas,” relembra Monique, emocionada.

Agora, com outros quatro filhos, ela revela como a ausência de Ythallo tem sido dolorosa:

“Tem sido difícil. Vejo todos dormindo, menos ele, aí bate uma saudade. É uma dor que não sei como explicar.” Monique, que faz unhas em casa para complementar a renda, desabafa sobre as noites difíceis desde a perda do filho.


Investigação em Curso

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e a 44ª DP (Inhaúma) estão conduzindo a investigação para identificar a mulher que ofereceu o bombom envenenado e entender suas motivações.

As autoridades já recolheram imagens de câmeras de segurança próximas ao local do crime e continuam analisando as evidências para esclarecer o caso e fazer justiça por Ythallo e Benjamim.

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